quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Comida para quem precisa de comida


O editor do Barroso Em Dia deu o veredito: “Rhonan, preciso de um texto pra colocar no site o mais rápido possível!”... Acenei com a cabeça positivamente e falei: “Xá cumigo!”. Cheguei em casa, me sentei em frente ao computador. Copo de café na mão direita, pão com creme de maionese na esquerda... Vou escrever o quê? Olhei pro café, olhei pro pão, achei o texto!

“Comida... Claro! Que grande ideia, Rhonan! Você nunca escreveu sobre comida... É essa a sua grande chance! Termina logo esse pão com maionese e agite o teclado do seu notebook!” – gritou pra mim o meu pensamento, ansioso por romper o branco da folha do Microsoft Word com um milhão de letras e caracteres...

Daí pensei nos meus gostos culinários pra lá de estranhos... O já citado pão com creme de maionese é um deles. E se o pão estiver velho, dá uma passadinha no fogo, direto na trempe do fogão! Estranho isso, mas fica bom. Tem também o mexidão impagável de arroz, feijão, couve e farinha torrada. Iguaria que aprendi com minha falecida avó paterna, que dispensa até a mais saborosa das carnes. Nossa! Mas passa longe do delicioso mexidão do saudoso D’Geros – que Deus o tenha!

Tenho umas manias estranhas: pão com manteiga (ou patê ou maionese), tem que estar “untado” dos dois lados. Um só não serve. Mordo um pedaço do pão, mastigo, engulo e só depois bebo o café. Nada de misturar as coisas na boca. Outra: esse negócio de comida salgada com doce junto não me agrada. Maionese com frutas? Não, obrigado!

Comer é muito bom! Poder comer é uma dádiva! Ter o que comer é uma bênção! Bateu a fome, corremos para a cozinha, certo? Errado! A maioria de nós não passa fome. Sentimos vontade de comer. Fome é uma coisa muito mais séria, muito mais grave. E pensar que a Xuxa apresentava diariamente saborosos cafés da manhã na TV para milhões de crianças em condições de extrema pobreza. Palmas para a rainha dos baixinhos!

O escritor e jornalista irlandês George Bernard Shaw é autor de uma frase bastante útil para nossa reflexão: “Não existe amor mais sincero do que aquele pela comida”. Ele provavelmente tinha bons dotes culinários, uma boa esposa na cozinha ou uma ajudante à frente das panelas. Ainda assim, tornou-se vegetariano. Talvez não amasse os animais e por esse motivo preferiu não comer nada que viesse deles.

Seguindo a linha de raciocínio de Shaw, acho que não amo minha comida, porque não sou muito fã dela – salvo os mirabolantes Miojos que costumo preparar. Mas a comida preparada pela minha mãe... Ah, essa sim... Eu – sinceramente – amo de paixão!

RhNeto

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