quarta-feira, 10 de outubro de 2012

E como é bom ser criança!


Outubro é o mês de um monte de coisas... Comemoramos a Terceira Idade, os dentistas, os médicos, os fisioterapeutas, os professores, Nossa Senhora Aparecida (e um sem-fim de tantos outros santos), os poetas, lixeiros e funcionários públicos... Comemoramos até o meu aniversário... Mas uma data que muita gente não esquece e que, acredito, seja a mais festejada no antepenúltimo mês do ano é, com certeza, o Dia das Crianças.


O Dia das Crianças que, durante os anos de minha infância, foram meu tormento. Tormento porque a data acontece no dia 12, um dia antes do meu aniversário, e eu sempre ganhava um presente só, enquanto via meus irmãos ganharem dois: um de aniversário, lá pro meio do ano, e o outro do Dia das Crianças. Peraí, papai! Covardia comigo...

Brincadeiras (com um fundinho de verdade...) à parte, falar do Dia das Crianças é remeter à candura, à inocência e aos encantos dessas criaturinhas que enchem nossa vida de alegria. Claro que tem horas em que os filhos torram a paciência dos pais, dão trabalho na escola, cometem travessuras quase imperdoáveis... Enfim: que adulto não foi assim? Se alguém não agiu dessa forma quando criança, com certeza não foi criança.

Já escrevi diversos textos que remetem à minha infância e, se você for um de meus leitores mais assíduos (não vale contar minha irmã e nem o pessoal do jornal), com certeza vai perceber que minha época de moleque foi uma tempestade... Realmente eu era quase impossível! Agora, adulto, torço para que em minha família apareçam outras tantas crianças cheias de vigor e energia, talvez um pouco menos hiperativas, mas que venham cheias de saúde.

Saudades enormes dos meus tempos de criança, nos quais eu ia para a Represa de Barroso brincar no parquinho; que eu jogava futebol na escolinha do “Ti Grilo”; que eu nadava no rio (tomara que meus pais não leiam isso); que eu ateava fogo em Bombril e rodava na rua, à noite, num “espetáculo pirotécnico” digno de Réveillon em Copacabana. Bom, pra mim era... E tenho saudades das inúmeras brincadeiras, dos piques, dos selinhos nas menininhas, dos passeios de bicicleta... Saudades de ser criança.

Como já havia dito em uma outra crônica, o importante é que não percamos a criança que temos dentro da gente. E você, adulto, que tem filhos, sobrinhos e netos, procure dar aos pequenos todo o carinho, amor e atenção... Amanhã eles cuidarão de você e de tudo o que você construiu na vida. Cuidarão de nossa cidade e cuidarão dos seus netos, bisnetos, tataranetos... Inspire-se nas palavras do pensador alemão Johann Goethe: “Só é possível ensinar uma criança a amar amando-a”.

Que me perdoem os experientes da Terceira Idade, os dentistas, os médicos, os fisioterapeutas, os professores, os poetas, os lixeiros e os funcionários públicos... Que me perdoe até mesmo Nossa Senhora Aparecida... Mas outubro é o mês das crianças. E ponto final!

 RhNeto

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