Tarde de sábado... Eu pego o telefone para ligar para o Geraldo e ele atende do outro lado:
- Alô...
- Fala, Geraldo! É o Rhonan... Beleza? Onde você tá?
- Tô no depósito do Elcinho Cunha...
- Beleza... Me espera que tô indo aí...
E assim começou a entrevista com esse cara que todo mundo conhece em Barroso, nem que seja a sua voz...
Geraldo Cassemiro ou o Geraldo da Rádio. O camarada de 46 anos, que há duas décadas atua na área de sonorização e locução, seja nos shows ou na rádio, nas inúmeras apresentações de eventos ou nas inaugurações que acontecem pela cidade e em toda a região. O filho do Sr. Joaquim e da Dona Dirce, casado com a Patrícia, paizão da Mayara e do Kauã... Geraldo Magela Cassemiro Lopes: o cara da nossa entrevista.
A conversa foi boa e o Geraldo falou de muita coisa... Falou um pouco de sua infância, contou de seus estudos, finalizados com o 2º grau do curso técnico profissional em Contabilidade, formando-se na última turma do então Colégio Municipal de Barroso, hoje FAPI, apesar de não ter exercido a profissão. Ainda na adolescência, começou a conciliar a vida escolar com os trabalhos em serralheria, com os irmãos Lamounier (Savinho, Tó e Lete), pelos quais tem um enorme carinho e consideração, em razão do ofício aprendido com eles. Geraldo ainda trabalhou um tempo na Companhia de Cimento, como soldador.
A partir de então, Geraldo passou a acompanhar um amigo, Inácio, que trabalhava nos bailes com a sonorização do Zé Furtado. Assim, tomou gosto pela coisa e começou a aprender detalhes mais técnicos e a paixão por essa vertente profissional só fez crescer. Geraldo começou a ir com o Stúdio JF para diversos eventos na região, juntamente com o locutor Antônio Marcos e outros profissionais, mas ainda na equipe técnica, longe dos microfones.
A conversa foi boa e o Geraldo falou de muita coisa... Falou um pouco de sua infância, contou de seus estudos, finalizados com o 2º grau do curso técnico profissional em Contabilidade, formando-se na última turma do então Colégio Municipal de Barroso, hoje FAPI, apesar de não ter exercido a profissão. Ainda na adolescência, começou a conciliar a vida escolar com os trabalhos em serralheria, com os irmãos Lamounier (Savinho, Tó e Lete), pelos quais tem um enorme carinho e consideração, em razão do ofício aprendido com eles. Geraldo ainda trabalhou um tempo na Companhia de Cimento, como soldador.
A partir de então, Geraldo passou a acompanhar um amigo, Inácio, que trabalhava nos bailes com a sonorização do Zé Furtado. Assim, tomou gosto pela coisa e começou a aprender detalhes mais técnicos e a paixão por essa vertente profissional só fez crescer. Geraldo começou a ir com o Stúdio JF para diversos eventos na região, juntamente com o locutor Antônio Marcos e outros profissionais, mas ainda na equipe técnica, longe dos microfones.
O tempo passou e, junto de Galdino Silva, do saudoso Juquinha da Rita e de Antônio Marcos, Geraldo integrou a equipe da recém-criada rádio Voz da Liberdade. “O problema dessa rádio é que o pessoal era obrigado a ouvir a sua programação”, brinca Geraldo, lembrando que a rádio funcionava apenas com transmissão em pequenas caixas de som espalhadas pela Praça Sant’Ana. Segundo ele, era um tempo de muita dificuldade, poucos recursos e bastante trabalho, mas que se tornou um período de vasta experiência e crescimento profissional.
Já em 1997, Galdino Silva resolve criar a Rádio Nação Jovem FM, e convida Geraldo para integrar a equipe. A primeira rádio de Barroso foi um laboratório para grandes profissionais, como Bruno Ferreira, atualmente no jornal Barroso Em Dia: “A gente chamava o Bruninho de piolho de rádio, porque ele vivia se enfiando em tudo... O Bruninho demorou quase quatro meses para aprender a falar a hora no rádio”, diverte-se Cassemiro, que ainda fez lembrança a diversos outros profissionais que hoje estão em emissoras maiores e que começaram também na Nação Jovem. “Alguns reconhecem esse início e dão muito valor a isso. Mas muitas pessoas passaram pelas mãos do Galdino e parece que não fazem tanta questão de destacar esse fato. Talvez não se lembrem...”, ressaltou ele.
Apesar de alguns trabalhos “menores”, Geraldo começou mesmo a aventurar-se nos palcos e palanques apresentando os comícios da política municipal. Inicialmente gravou chamadas para os encontros e logo em seguida já estava em cima dos palanques, animando o público. A partir de então, as oportunidades foram aparecendo também em festivais, exposições e eventos de todas as variedades, inclusive em diversas cidades da região. Esse período rendeu a Geraldo diversas histórias divertidas, como na ocasião em que só tinham um lugar para passar a noite: uma funerária. “E foi lá mesmo que a gente se ajeitou e dormiu, no meio de um monte de caixões”, relembra Geraldo.
Enquanto a conversa rolava, o rádio ligado ao fundo apresentava a programação da Rádio Liberdade. Atualmente, Geraldo é diretor da emissora e apresenta um programa das 9h às 12h, de segunda a sexta, também com um espaço informativo perto da hora do almoço. A rádio está há 10 anos no ar e Geraldo é um dos principais responsáveis por esta empreitada. Apesar da grande experiência, Cassemiro reclamou da falta de reconhecimento de algumas pessoas ao seu ofício, o que, convenhamos, acaba atrapalhando toda uma bela carreira profissional.
Sobre as inspirações de Geraldo Cassemiro, ele citou nomes nos quais se espelhou e que carrega muita admiração: Antônio Marcos (o Toninho Papagaio), Adalto Machado, com quem apresentou muitas exposições em Barroso (e que aqui me recordo com certa dificuldade de ouvir chamar o Cassemiro de “menino da voz de ouro”), dentre outros, e que muito o ensinaram na carreira profissional. Outro que Geraldo fez questão de lembrar os ensinamentos que recebeu foi do empresário Zé Furtado.
Ao final da conversa, Geraldo fez questão de lembrar e agradecer a pessoas queridas que o apoiaram em sua carreira, cujos nomes todos já foram citados nesta matéria, além de sua família e seus amigos. Citou ainda pessoas como Reder, Padre Fábio e Elaine Brandão, a quem é muito agradecido. A respeito do que viveu e do que quer viver, o “Gera” falou que não trocaria toda essa experiência que passou por nenhum dinheiro do mundo. Ele, que atualmente realiza trabalhos de serralheria em suas horas de folga, tem a cabeça aberta para uma boa conversa, para muitos relatos de experiências vividas e boas histórias para contar. É só chegar e começar a ouvir o eterno locutor...
RhNeto
Nenhum comentário:
Postar um comentário