Em razão da partida de nosso querido amigo Anderson Cerqueira Dionísio, o Peão da Pizzaria, um amigo em comum, Alecsandro Araújo de Souza, com quem eu e o próprio Peão sempre discutimos assuntos profissionais e pessoais, enviou-me este texto, que peço licença para publicar aqui no meu blog.
As palavras de Alecsandro confortam e servem de ânimo e coragem para continuar.
Obrigado, “mestre” Alecsandro, pelo presente. Obrigado, em nome da família. Obrigado, de forma particular.
Abaixo, o texto:
Carta aberta
Bons dias!
Diante de acontecimentos cuja a razão não tem força para explicá-los, podemos dizer com todas as letras e confiança: cremos!
A golpes de martelos e cinzel, fomos talhados nessa segunda-feira, por Amor! Sim, por Amor! Ainda, meus caros, que não compreendamos essas marteladas plenamente!
Choramos, é verdade. E, sem dúvida, queremos não acreditar! Talvez negar essa dura realidade?
Mas lembremos que Cristo "com olhos de olhar amabilíssimo chorou por Lázaro...". Um sentimento humano, um sentimento natural e puro dos filhos de Deus.
Lembremos, também, que esse Amor de Cristo por Lázaro o é também pelo nosso amigo e por nós!
Não tenhamos medo de nos perguntar, assim como fez o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard: “Por que Cristo ressuscitou Lázaro?”. Ora, se não fosse para nos mostrar que somos destinados à vida eterna, não faria o menor sentido!
Diante da dor que sentimos, não nos deixemos ser anestesiados e, assim, perder essa santa perspectiva à qual todos somos chamados. Somos peregrinos! Sim, peregrinos. Ainda que não tenhamos, em nosso dia-a-dia, a consciência desta realidade.
Um santo padre me lembra "que pouco é uma vida para oferecê-la a Deus...”. Mas, que "nesse pouco tempo que dispomos" possamos oferecê-la como o nosso grande amigo: sorrindo; fazendo os outros sorrir. Sim, fazendo uma boa pizza, matéria-prima que usava para santificar a si mesmo, a sua família e a todos que estavam ao se redor...
Essa figura que, por Deus, tive a oportunidade de conhecer, me ensinou a ser pai, me ensinou a ser irmão, me ensinou que na "fritada dos ovos" devemos seguir adiante, sorrindo das contrariedades...
A sua entrega e seu amor incondicional à sua família, disposto a qualquer sacrifício para a felicidade deles, me conforta em entender que aceitou com alegria a vontade Deus, com a convicção de que, assim, seria o melhor caminho para eles, o melhor...
Não tenho dúvidas de que fez as suas consultas, com os santos e os anjos da guarda de todos nós, antes de dar o seu passo para a vida eterna. Tinha o costume de consultar amigos antes de grandes decisões.
Meu último assunto com ele? Falamos sobre a renúncia do Papa. Preocupava-se com o impacto na Fé das pessoas simples e, sobre um belo texto escrito por seu filho. Mas lembro-me, agora, de sua emoção com o abraço que recebeu certa vez da sua filha... e outros momentos com a sua esposa.
Não é à toa que a sua partida fora sentida pela cidade de Barroso; expresso em tantas frases no Facebook e comentários que lemos, como, por exemplo, o texto do Rhonan e o da Daise Damasceno que, por sinal, me encorajaram a escrever...
Nesse período de aflições, finalizo essa carta aberta, com uma profunda admiração pela fortaleza e coração daquele que foi uma ponte sólida entre nós nesses dias de luta: Leandro.
Coração dulcíssimo de Maria, prepare um caminho seguro para nosso amigo!
Em silêncio e em paz, rezemos pela alma de nosso grande amigo e de sua família.
Por: Alecsandro Araújo de Souza
Foto: Um sopro de luz, de Roberto Alves, no grupo Olhares de Barroso, do Facebook
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