E na fila do supermercado, em Barroso, a simpática senhorinha e eu:
-Menino, como você cresceu!
- Hein?!?! - falei espantado.
- Você era pequenininho até outro dia... Tá grande, cabeludo, de barba, engordou...
- Desculpa, mas não me lembro da senhora... - comentei, encolhendo a barriga, ajeitando o cabelo que, sim, está grande, igual à barriga.
- Você morou lá no Bandeirantes, né?
- Não. - sorri sem jeito - Sou do São José...
- Uai, mas você é de qual povo lá? - perguntou a figurinha.
- Sou dos Moreira, lá do povo da Dona Francisca costureira. E, por parte de pai, sou neto do Titito, conhece?
- Mas vocês moraram no Bandeirantes?
- Não, dona. Não, não... Nunca morei lá. Conheço um monte de gente do Bandeirantes, gosto de lá, mas nunca morei no bairro. Meu povo é todo do São José mesmo...
- Deve ser seu irmão então. - insistiu a curiosa e confusa criatura.
Aí eu ri, gargalhando com o canto da boca. E ela continuou:
- Não era não?
- Não, não era...
E, finalmente, depois daquele interminável “um minuto” de diálogo, a menina do caixa chamou.
- Deixa eu ir lá, menino. Dá um abraço na sua mãe.
E eu fiquei olhando para aquela senhora que, acho, nunca vi na vida. Ela passou suas compras, pagou e saiu. E eu não perguntei o seu nome, nem “de qual povo” era ela.
E nem mesmo perguntei se ela era do Bandeirantes.
RhNeto
hahahahahaaha
ResponderExcluirMASSA!
Hahahaha!!! Figuras da nossa cidade
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