Impressiona... Impressiona muito! A revolta dos estudantes da USP é algo simplesmente decepcionante. Depois que três alunos foram pegos pela Polícia fumando maconha dentro da universidade (que é lugar de estudar, não de usar drogas), vimos a verdadeira cara de muitos dos futuros profissionais do nosso país.
Depois de depredarem viaturas da Polícia Militar, os “nobres” graduandos (?) invadiram o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e começaram de vez a baderna, ocupando também a reitoria da universidade. Entre as reivindicações, a retirada de processos administrativos e criminais (criados por conta de outras arruaças “in door” promovidas por esse tipo de grupo moleque e delinqüente), além da retirada da Polícia da vigilância do campus, provavelmente para liberar de vez o fumo desenfreado do “matinho relax”. Se quiserem fumar, que fumem. Mas daí a fazer tais exigências é demais. É fazer hora com a cara que quem paga impostos, de quem anda direito, de quem anda na lei.
Agora, pasmemo-nos... Os marginais ainda promoveram ataques à imprensa, com agressões a jornalistas e fotógrafos, com socos, cusparadas e tijoladas. Lamentável! Gente que, por força de tradição, luta pela liberdade, pela democracia e pela melhora das condições de estudo, hoje prega a impunidade, a repressão e, por que não, o tráfico de drogas.
Depois de decisão judicial que determinou a desocupação imediata, os “anjinhos”, não se importando com o que a Justiça ordenou, seguiram na reitoria, na qual deixaram marcas de depredação, sujeira e vandalismo. Com a chegada maciça de mais de 400 homens da PM, inclusive com seu batalhão de choque, finalmente os delituosos foram detidos, e saíram um a um do local.
Torço para que punições severas sejam adotadas. Que sejam indiciados por danos ao patrimônio público e desrespeito a ordens judiciais. E que esses verdadeiros bandoleiros recebam sua lição também por parte da USP. Nada contra as manifestações pacíficas. Reivindicar direitos é uma coisa. Criminalidade é outra.
RhNeto
"Reivindicar direitos é uma coisa. Criminalidade é outra."
ResponderExcluirFalou tudo!!
Os estudantes da filosofia são assim, em sua maioria: consideram-se acima do bem e do mal, pseudointelectuais... o negócio deles é puxar um baseado.
ResponderExcluirFala Rhonan!
ResponderExcluirEncontrei dois textos interessantes sobre o assunto. Ou melhor, dois manifestos. O primeiro é uma carta assinada pelos alunos da Escola de Comunicação e Artes da USP, avaliando a cobertura do fato feita pela grande mídia.
O segundo texto é assinado pelos pesquisadores que trabalham na USP (até agora já são quase 300 assinaturas, que ainda estão sendo recolhidas). Este segundo texto faz uma crítica mais profunda à administração atual da USP, que em vários aspectos mantém dispositivos da época da ditadura militar, como a indicação do reitor pelo Governador do Estado. De acordo com a carta dos pesquisadores, o conflito entre reitoria e alunos vão muito além do "matinho relax", mas a grande mídia reduz a questão a apenas isso.
Aí vai o link dos textos. Creio que lhe interessará, mesmo que sua opinião seja diferente.
Manifesto Escola de Comunicação e Artes:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/alunos-da-ecausp-esta-sendo-praticado-o-antijornalismo.html
Manifesto Pesquisadores da USP:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pesquisadores-da-usp-repudiam-invasao-dos-espacos-da-politica-pela-pm.html
Tô dando uma pequisada também na história do atual reitor da USP, João Grandino Rodas. Acho que sua trajetória como homem público pode nos ajudar a entender melhor o caso.
Abraço
Fernando
Grande Fernando!
ResponderExcluirVocê é um cara que admiro muito, pelo ideal político e capacidade de discernimento das situações. Só quero deixar claro aqui que o que eu condeno é o vandalismo, a selvageria e a falta de atenção com o patrimônio público, o ataque à imprensa e desacato às ordens judiciais. O grupo de estudantes, na minha opinião, fere direitos constitucionais em diversos âmbitos.
Minha grande crítica é essa. Bando (bando mesmo!) de gente que destrói o que é do povo, do dinheiro do povo. Apenas isso.
Obrigado pelo comentário e pelos textos. Já conhecia um deles e o outro, prometo, lerei em breve. Abração, parceiro